Encerro neste número do nosso O Redentor a série de reflexões sobre os capítulos 13 a 17 do Evangelho segundo São João. Aliás, eu me propus a fazer este caminho na perspectiva do lugar em que somos chamados a ser Igreja: o Cenáculo. Ali se concentra condensado todo o ensinamento de Jesus e também as dádivas que Ele quis comunicar à sua Igreja.

Tenha hoje uma especial atenção ao capítulo 16, 23b-28 e ao capítulo 17. A perspectiva é a oração em nome de Jesus e a oração de Jesus. Ambas brotam do Seu Sacerdócio e da intimidade que Ele nutria com o Pai.

Só posso me reconhecer como EU diante de um TU. Na chamada “Oração Sacerdotal”, Jesus confirma sua identidade de Filho diante do TU do Pai. E é assim que Ele apresenta o ELES (os discípulos), para que cada um se torne também um EU diante do Pai ou um TU diante do EU do Pai. Esta é a oração de Jesus e que deve ser a oração de cada um de nós.

Nossa intercessão, pois deve ser espelhada na intercessão de Jesus, a saber:

– Vá ao Pai em nome de Jesus;

– Tudo apresente ao Pai, confiante em Seu amor;

– Tenha um coração em que caibam todas as necessidades das pessoas, especialmente dos que creem em Jesus;

– Tome consciência que um combate espiritual se trava e diante dele devemos orar para “que sejam livres do mal (maligno)” (v. 15);

– Você está inserido no mistério da “Comunhão dos Santos”. Oramos como Corpo, como Igreja;

– Sua oração deve ser feita no espírito da unidade e em vista da unidade;

– Você é participante da comunhão de Jesus com o Pai no Espírito Santo, ou seja, a comunhão trinitária.

         Espero que estas reflexões tenham ajudado a você a abraçar o espírito que brota do Cenáculo e nos configure cada vez mais como uma Paróquia unida no amor, servidora na alegria, motivada na comunhão, fortalecida no Espírito, testemunha na fidelidade. Maria, nossa Mãe Santíssima, nos ajude.

            E no Advento que chega, que venha um tempo novo de muito crescimento e bênçãos!

Saúde e Paz!