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Quaresma: tempo de graça e salvação

Quaresma: tempo de graça e salvação

“Criai em mim um coração que seja puro”, o refrão do Salmo 50, que será recitado no V Domingo da

Quaresma, expressa o mais profundo desejo de todos nós, neste itinerário quaresmal iniciado na quarta-feira

de cinzas e que se estende até a quinta-feira da Semana Santa, antes da Missa da Ceia do Senhor. A

Quaresma é tempo favorável para renovar e reavivar no coração de cada homem e mulher os compromissos

batismais, favorecendo à vivência e a celebração do Mistério Pascal de Cristo. Nesse mistério,

experimentamos a morte e a ressurreição em Cristo e, em uma vida nova, reconhecemos o elevado valor de

sermos irmãos e irmãs (Prefácio da Quaresma I).

É tempo de graça e salvação, que nos dá a possibilidade de nos libertar do egoísmo e da nossa

incapacidade de acolher a proposta libertadora do Reino de Deus! Para tanto, somos convidados pela e com

a Igreja a seguir para o deserto com Jesus, experimentar e vivenciar a sua vida e, lá, sermos provados como

Ele o foi. Mergulhados nesse mistério que nos impacta e desafia, encontramos a cada dia um profundo vazio

existencial, gerado pelo pecado – a ruptura relacional com Deus e seu projeto – que nos afasta do próximo,

de Deus e de nós mesmos. Assim, a Igreja nos oferece os exercícios quaresmais: a fim de nos reaproximar do

próximo, a esmola; de nós mesmos, o jejum; e de Deus, a oração. Por meio da esmola, do jejum e da

oração, somos convidados a conversão e a imitar a misericórdia de Deus, que acolhe a nossa fragilidade e

nos encoraja a assumimos a nossa dignidade de filhos e filhas de Deus, mesmo que tenhamos que passar pelo

calvário.

Nesse tempo, a Igreja no Brasil, nos pede para refletir sobre a “Fraternidade e superação da Violência”

(CF/2018), para que a nossa conversão não seja ritual, mas concreta e existencial, superando a cultura de

morte e violência que se impregnou em nós e se instalou em nossa sociedade e no mundo. Desse modo,

possamos superar a violência em todas as suas formas, renovando nossos compromissos batismais, superando

o pecado e ressuscitando em uma vida nova em Cristo e, assim, reconhecendo que, em Cristo, todos nós

somos irmãos!

Diácono Josilmar Andrade

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