Palavra do Pároco

O AMOR: não só O Mandamento, mas o DOM

O AMOR: não só O Mandamento, mas o DOM

O AMOR: não só O Mandamento, mas o DOM

Manhã fria de sábado, 06 de julho, no Rio de Janeiro. Não deixa de ser curioso falar de manhã fria, nesta cidade desposada com o calor, quase que o tempo todo; todavia, assim estão sendo estes dias. Coordenadores e membros de nossos Grupos Pastorais reunidos: Assembleia Paroquial! Uma explanação do que foi apurado nas Miniassembleias das Dimensões em que se organiza a Paróquia, a partilha feita entre todos e a confirmação da direção que precisamos seguir: favorecer e implantar meios que promovam a integração intercomunicação entre os diversos grupos e, destes, também, com os ministros ordenados (padres e diáconos). Não tenho dúvida que é um sinal da ação do Espírito Santo conduzindo-nos ao essencial da experiência de nossa fé cristã: uma vida de comunhão.

            Esta, também, é a moção que tem me feito refletir sobre “O Cenáculo: lugar de ser” e a espiritualidade que daí brota para a Igreja. Convido, pois, você a meditar em mais um ponto.

O Dom do Amor

Jesus, aquele diz “dou-vos um novo mandamento” (Jo 15, 34) é o mesmo que diz “como o Pai me ama, assim também eu vos amo” (15, 9). Aos pouco vai discorrendo sobre esse amor, falando da escolha que fez de cada um, que não os chama de servos, mas de amigos. João vai irá, ainda, enfatizar que o “nisto consiste o amor: não em termos amado a Deus, mas em ter-nos ele amado” (1Jo 4, 10).

Jesus nos oferece o seu amor. Ama-nos antes mesmo que o amemos. E esse Amor está agindo em cada um de nós, curando, integrando e, por fim, levando-nos ao céu, onde o amor será tudo em todos.

A Palavra nos indica também o que deve ser a nota de nosso existir:“Acima de tudo, tenham amor, pois o amor une perfeitamente todas as coisas” (Cl 3, 14 NTLH). É o exercício prático do amor. Se não temos palavras, gestos e olhares amorosos, temos que nos questionar se realmente estamos vivendo a partir do Cenáculo. Se existe um desejo, inconfesso por vezes, de vingança, de ciúme doentio ou inveja, temos que questionar-nos se realmente o amor de Deus está em nós.

Ainda é Paulo a exortar: “que o vosso amor não seja fingido” (Rm 12, 9). É atitude da compreensão mútua, de não impor fardos sobre os outros, do exercício da paciência e também da correção fraterna, quando o outro erra. O Amor como dom certamente implica a aceitação prévia do outro, como fomos aceitos antes pelo próprio Senhor. Não há, pois, lugar para tanta intolerância, como vemos por parte de muitos, na vida daqueles que experimentam o Cenáculo.

Deixe-se amar! Ame!

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado.