No mês de março em nosso Informativo O REDENTOR, comecei uma série de reflexões sobre o CENÁCULO, como o lugar, por excelência, da Igreja ser, de encontrar sua identidade na condensação do ensinamento de Jesus que ali ocorreu, tanto na noite de quinta-feira santa, como nos dias que se seguiram até Pentecostes. Irei continuar estas reflexões no próximo número, ainda que estejamos no tempo próprio do Cenáculo: o Tempo Pascal.

Temos vivido intensamente estes dias. A Paróquia tem um ritmo frenético de atividades e uma vitalidade que encanta quem a conhece. Mas, mesmo fazendo tantas coisas boas para o Reino, é preciso parar um pouco. É preciso ir ao Cenáculo e estar junto ao Senhor para poder escutar, para encontrar o centro, a razão de tudo fazer, para deixar-se cuidar pelo Espírito, como aconteceu com os apóstolos.

A identidade só se firma à medida que a unidade é cultivada; do contrário, aumenta a fragmentação. Grupos fragmentados crescem, em parte, mas deixam os mais fracos para trás. Isso não pode acontecer na Igreja. Algum grupo até é encerrado porque cumpriu sua missão, todavia a causa não pode ser a falta de cuidado mútuo, de solidariedade amorosa que envolve, que abraça o mais fraco.

Temos dois pontos de referência em nossa Paróquia que nos ajudam a viver a unidade desejada: a Comunidade Redentorista e o Conselho Pastoral Paroquial. À medida que vamos compondo nosso quadro comunitário e fortalecendo o senso de colegialidade entre nós, nossas forças se somam, nossos fardos se dividem, sem sobrepeso excessivo para ninguém, nossos projetos se multiplicam e as tensões diminuem. É a aritmética da vida comunitária dinamizada pelo Espírito.Seja o Cenáculo escola para nos aprofundarmos nesta lição. Maria, que encontramos no Cenáculo seja nossa mestra neste aprendizado.