QUEM SOMOS
Após fazer um retiro na região de Scala e no contato com os cabreiros – os pobres que moravam nos campos -, surge no coração de Afonso Maria de Ligório o desejo de ser padre junto aos mais abandonados. Ele partilha esse desejo com outros amigos e, deixando a cidade de Nápoles, parte para Scala, no sul da Itália. Mais tarde, já como sacerdote, também com amigos, funda a Congregação do Santíssimo Redentor, no dia 9 de novembro de 1732, tendo como carisma o anúncio de que, em Cristo, a Redenção é Copiosa, é para todos, e principalmente aos mais pobres e marginalizados (Lc 4, 16-20).
Em 1749, o Papa Bento XIV aprovou as Regras do Instituto, que tinha por fim a imitação de Jesus Cristo, a pregação de missões e retiros, de preferência aos excluídos.
Desde agosto de 2018, durante a Assembleia Extraordinária Redentorista da Conferência da América Latina e Caribe, o futuro da Congregação foi repensado e questões importantes foram discutidas. Começou, então, um processo de reestruturação e reconfiguração na Congregação Redentorista em todo o mundo.
O objetivo é fortalecer a vida apostólica dos Redentoristas e reforçar o sentido de pertença a um corpo missionário internacional e intercultural. Além disso, também buscou-se diminuir estruturas para responder de forma mais ágil e com criatividade aos desafios atuais da missão e liberar recursos humanos, financeiros e materiais para a missão.
No decorrer desses 289 anos de história, a Congregação Redentorista foi-se desenvolvendo. Hoje, presente em 77 países, conta com cerca de 4672* membros, entre Padres e Irmãos. No Brasil são quase 600 Redentoristas, organizados, atualmente, em cinco Províncias e quatro Vices Províncias.
Entretanto, a partir de 2022, as atuais 23 unidades da Conferência Redentorista da América Latina e Caribe vão formar apenas 7 novas províncias, com a seguinte proposta:
O lema da Congregação Redentorista – Copiosa Apud Eum Redemptio – significa: “Com ele há Copiosa Redenção”. Os Missionários Redentoristas continuam, nesses quase três séculos, o carisma de Santo Afonso na Igreja e na sociedade. “Fortes na fé, alegres na esperança, fervorosos na caridade, inflamados no zelo, humildes e sempre dados à oração. Os Redentoristas, como homens apostólicos e genuínos discípulos de Santo Afonso, seguindo contentes a Cristo Salvador, participam de seu ministério e anunciam-nos com evangélica simplicidade de vida e de linguagem, pela abnegação de si mesmos, pela disponibilidade constante para as coisas mais difíceis, a fim de levar aos homens a Copiosa Redenção”. (Constituições Redentoristas, nº 20).
Com índole missionária, os Redentoristas chegaram ao Brasil para trabalhar em Santuários, pregar as Missões Populares e, aos poucos, foram assumindo os trabalhos de evangelização, através dos meios de comunicação social. Editaram jornais e livros, fundaram emissoras de rádio, canal de televisão e são presenças também através da internet. Tudo o que realizam por esses meios de comunicação, tem como finalidade principal a evangelização, o anúncio da Copiosa Redenção, trazida para a humanidade por Jesus Redentor. Assumiram regiões missionárias e periferias de grandes cidades, que com o tempo, foram tornando-se paróquias.
O ardor missionário faz com que os Redentoristas busquem a atualização dos seus métodos para não perderem de vista a caminhada do povo. Faz também com que o povo se sinta à vontade, valorizado e promovido na sua piedade e religiosidade popular. Por isso, onde os Redentoristas atuam, o critério é sempre a proximidade com quem trabalham e convivem. O estilo de vida, o jeito popular de ser, a linguagem acessível, porém com profundidade, são algumas marcas dos Redentoristas, para melhor servir ao Evangelho.
A eloquência na pregação foi característica de muitos Missionários nas Missões Populares, quando nas igrejas e praças era possível concentrar multidões para ouvir os grandes sermões, verdadeiras peças de oratória que atraíam a atenção dos ouvintes e comoviam pelo conteúdo. Mas, a proximidade do povo também resulta que os Redentoristas sejam adjetivados como os ‘padres do confessionário’, lugar onde se celebram a misericórdia, o perdão e a reconciliação. Essa marca foi sempre cultivada como herança Afonsiana e faz um bem sem medida em favor da Igreja/Povo de Deus.
O dileto amor a Nossa Senhora, outra marca dos Missionários Redentoristas. Em todas as igrejas e comunidades, animadas por eles, Nossa Senhora tem um lugar especial. Mencionamos as novenas perpétuas a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com a presença dos fiéis e devotos, para suplicar e agradecer pelas graças recebidas. Mas, também para ouvir o Evangelho e celebrar a fé, semanalmente.
1- O Mistério da Encarnação, Jesus, o Filho de Deus que não se apegou à sua condição divina e tornou-se como um de nós. Nasceu na condição de pobre, numa manjedoura, como a cena do Presépio.
2- A Cruz: lugar por excelência da prova do amor infinito de Deus por nós, o Mistério da Redenção.
3- A Eucaristia: Os sacramentos, expressões da ação contínua do amor de Deus à sua Igreja. De modo especial a Eucaristia, alimento e remédio; a Reconciliação resgate contínuo e fonte de paz.
4- Enfim, Maria: a Mãe que se fez a Serva do Senhor, a primeira Discípula e Missionária de seu Filho, Jesus.
O ardor missionário faz com que os Redentoristas se coloquem a serviço de modo incansável. Suas igrejas e comunidades são acolhedoras, abertas para que as pessoas possam entrar e rezar. As liturgias diárias como serviço perene em favor da caminhada da comunidade que celebra a sua fé. O atendimento sempre pronto a todos aqueles que procuram orientação espiritual e pastoral.
A proposta missionária, advinda de Santo Afonso, continua encantando em nossos dias muitos jovens para a Vida Redentorista, como também associados leigos e leigas redentoristas que assumem a mesma Espiritualidade. Como discípulo de Santo Afonso, o Redentorista, seguindo contente a Cristo Salvador, é chamado a assumir os trabalhos nos lugares mais difíceis, a fim de levar a todas as pessoas a Copiosa Redenção.
– (*) Dado atualizado em novembro/2021